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  • Foto do escritorDra. Denise Muniz

Dicas para 2021 sobre como viver com a SOP



O QUE É A SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO


A síndrome do ovário policístico é na verdade o resultado de um desequilíbrio hormonal. Nesses casos a hipófise, a glândula que regula a produção hormonal, acaba estimulando a liberação em excesso de andrógenos, os hormônios masculinos. Isso desencadeia um processo a cada ciclo em que o amadurecimento dos óvulos é comprometido, resultando no acúmulo de cistos nos ovários.


O que preocupa muitas mulheres é que essa aglomeração de cistos – em conjunto com o excesso de hormônios masculinos – pode impedir a formação de óvulos saudáveis e, consequentemente, alterar ou interromper o ciclo menstrual, levando à infertilidade.

Mas além da preocupação com a fertilidade, em alguns casos a síndrome pode vir acompanhada de problemas bem mais corriqueiros, como o aparecimento de acne e pelos no rosto.

Apesar de não ser uma doença - como o nome sugere, é uma síndrome, a SOP inspira cuidados, porque induz problemas bem mais sérios, como obesidade e diabetes.


COMO SEI SE TENHO SOP?

Em geral, no consultório, as pacientes chegam com queixas relacionadas a atrasos nos ciclos menstruais. Mas o diagnóstico precisa ir muito além da análise de sintomas isolados, uma vez que outras doenças podem desencadear os mesmos efeitos da SOP!


Uma curiosidade é que em alguns casos a paciente pode ter SOP e não apresentar vários cistos no ovário!


Portanto, o diagnóstico é definido quando pelo menos dois dos três critérios a seguir estão presentes:

-aumento da produção de hormônios masculinos;

-anovulação (período menstrual irregular);

-exames de imagem com ovário policístico.


COMO TRATAR A SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS?

A síndrome do ovário policístico em si não tem cura, mas a escolha do melhor tratamento depende dos sintomas que uma mulher apresenta e do que ela pretende. Por exemplo, quem deseja engravidar terá um tratamento diferente de quem deseja evitá-la. Conheça as possibilidades:


Anticoncepcionais: Para quem não deseja engravidar, a pílula é uma ótima opção já que além de contraceptivo, melhora sintomas como o aumento de pelos, aparecimento de espinhas, irregularidade menstrual e cólicas.


Remédios para diabetes: quando a síndrome está associada à resistência insulínica medicamentosa podem ser indicados, o que é um ponto positivo para quem não quer usar a pílula hormonal.


Indução da ovulação: Se a paciente pretende engravidar e houver descartado qualquer outra causa de infertilidade, podemos recorrer ao tratamento de indução da ovulação.


Além disso, dieta e atividade física é fundamental em todos os casos, Investir em uma dieta equilibrada e atividade física, simultaneamente com as medidas terapêuticas, promove mais qualidade de vida e potencializa o resultado do tratamento.

Vale destacar que cabe ao médico e à paciente a avaliação do melhor tratamento. Conte comigo!

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