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  • Foto do escritorDra. Denise Muniz

A diabetes gestacional também é um risco para o meu bebê?



A gestação vem acompanhada de muitas transformações na vida pessoal, no corpo e, principalmente, nos hormônios da futura mamãe.

Mas e quando essas alterações hormonais são anormais? Pois é, nessas horas as mamães de primeira – e nesse caso, predominantemente as de segunda - viagem se preocupam não só com a sua própria saúde, mas também com a do bebê que está a caminho.

Nesse processo de adaptação hormonal pode haver um aumento nos índices de açúcar no sangue devido a um mecanismo desenvolvido para que a placenta possa assegurar alimento (açúcar) ao embrião.

O que é o diabetes gestacional?

Durante a gestação o pâncreas materno aumenta a produção de insulina para compensar o fato de que a placenta é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina (hormônio responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo). O diabetes gestacional acontece quando este processo não ocorre, levando ao aumento do nível de glicose no sangue da mulher.


Como o diabetes gestacional afeta a saúde do bebê?

Neste ponto você já deve ter percebido que a questão do título deste post se resume na resposta de que sim, o diabetes gestacional pode colocar em risco a saúde do bebê e neste tópico falaremos de quais maneiras isso pode ocorrer.

O problema está no fato de que o bebê passa a receber muita glicose por meio da placenta, com isso surgem diversas consequências.

Por exemplo: o pâncreas do feto acaba sobrecarregado, já que mesmo trabalhando a todo vapor, não há hormônio suficiente para transformar glicose em energia nas suas células. com isso chegamos a outro problema: o excesso de açúcar aumenta a produção de insulina pelo feto e a criança ganha peso além da conta.

Além disso, há maiores riscos na hora do parto. Quando os médicos cortam o cordão umbilical, o fornecimento de açúcar da mãe para o bebê é interrompido e há risco de hipoglicemia, afinal, o pâncreas do bebê produziu muita insulina e haverá uma queda brusca na quantidade de glicose na circulação.


O excesso de hormônio ainda atrapalha a absorção de cálcio, potássio e magnésio. O diabetes gestacional também aumenta o risco de parto prematuro e icterícia.

DIAGNÓSTICO: Quando pode ser considerado diabetes gestacional?


A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a grávida já está oficialmente com o distúrbio se o nível de açúcar no sangue for igual ou superior a 92 mg/dl. Esse número é mais rigoroso que o anterior, que só considerava o diagnóstico se o resultado fosse igual ou maior a 95 miligramas por decilitro (mg/dl),


Para identificar o problema, que em geral não causa sintomas para a mamãe, é essencial fazer exames periódicos durante toda a gravidez! Isso se torna ainda mais fundamental entre as semanas 24 e 28, já que muitas vezes a doença aparece na segunda metade da gestação, na medida em que a placenta amadurece e libera mais hormônios.

Faça o pré-natal e garanta segurança para a sua saúde e a do seu bebê!

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